quinta-feira, 6 de maio de 2010

O Capitão Holandês - Parte Um

Olá a todos. Eu sou Tizoc, e junto com Mowrek nós traduzimos as mais diversas crônicas que encontramos pelo nosso caminho.

Quero apresentar a primeira parte de cinco, de um pequeno conto do autor escocês Mark Donovan King. A medida do possível atualizo o blog com as outras partes.




O Capitão Holândes (The Dutch Captain)

Mais um Sol brilha em um belo 18 de Fevereiro de 1658, na costa da Ilha da Jamaica. Na taverna mais conhecida de Northport, a Taverna do Macaco Caolho se encontra o renomado e garboso pirata Holandês, seu nome é motivo de medo a todos os ladrões e injustos do Mar do Caribe: "Douglas Van Westerweld" mais conhecido como Capitão Westerweld...

Conhecido por seus atos nos dias de Mercador Oficial do rei Holandês, Westerweld no auge de seus 23 anos era firme com seus subordinados porém caridoso e leal sempre, sua fama se consagrou em uma de suas viagens de transporte quando foi atacado por dois galeões de combate espanhóis, ambos equipados com 4 canhões de guerra e venceu saindo praticamente intacto.

Em um dos muitos dias de descanso após pilhagens à navios Ingleses, inimigos jurados dos Holandeses, Westerweld tomava sua dose costumeira de rum na taverna quando um vulto se sentou a seu lado. Pelas vestes, se tratava de um cigano, criado nas províncias recém formadas naquela terra desconhecida. Com um brinco de prata na orelha esquerda, dois dentes de ouro e um notável bafo alcoolizado, o cigano disse com sotaque costumeiro: "Senhor Capitão procuro sua ajuda!!!"

Sem resposta da parte de Westerweld, ele prosseguiu: "Estou sendo procurado por um crime que não cometi, se eu for pego, morrerei na certa. Mas não fugirei, estou velho demais pra viver uma vida tão ruim, tudo o que fiz de bom foi beber e brigar nessa cidade. Então nobre Capitão, te deixo aqui um segredo e peço como se fosse um favor, veja esse mapa..." e dizendo isso retirou um pano molhado de um bolso sujo.

Westerweld observou o desenho malfeito que dava a impressão de ser uma ilha não mapeada ao sul da Ilha de Havana. Oras! Havana era velha conhecida de nosso Capitão, onde mais ele teria aprendido seu melhor ofício, leitura de cartas de navegação?! Todos no Mar do caribe sabiam que enquanto Westerweld estivesse com um mapa em sua cabine no seu galeão Passion Flower, nunca ele se perderia... Há quem diga que sua habilidade com a localização superava até sua habilidade com o sabre e a garrucha.

Então ele disse ao cigano: "O que há lá?"
E o velho cigano disse: "Dizem que é lá que foi trancafiada a Princesa do nosso pobre povo cigano..."
O cigano prosseguiu, tentando em vão esconder seus olhos lacrimejantes: "Nosso povo teve que esquecer seu nome, para que não sofrermos mais do que estamos sofrendo hoje. Dizem que ela foi raptada ainda criança por um pirata e que vive até hoje presa em uma alta torre nessa ilha que está no mapa..."

"E o que você sabe sobre esse pirata?" perguntou Westerweld começando a se interessar por aquela história.
"Há boatos de que ele é Inglês..."

Westerweld não conseguiu prestar atenção no resto da frase. "...Inglês!!!" Essa palavra ecoou seca pela sua mente.
Poucos sabiam, mas ele nutria um ódio mortal por ingleses. Os motivos, só ele sabia, mas ao ouvir essa palavra, Westerweld logo imaginou a cena que sempre imaginava ao ver qualquer coisa que lembrasse aquele povo...

Aos 6 anos de idade, em uma casa no litoral Holandês, seus pais foram brutalmente assassinados por um exército de piratas Ingleses. Westerweld só conseguiu ver os olhos do capitão daquele grupo e jurou para si mesmo, que encontraria o dono daqueles olhos tão perversos. para que ele fosse a primeira pessoa a experimentar o gosto de seu sabre de ferro e prata e não sobreviver.

O cigano olhou em seus olhos e disse: "Espero que saiba o que está fazendo... E que faça isso pela princesa e não por vingança aos ingleses."
Westerweld não respondeu, deixou um saco com 10 moedas de ouro na mão do cigano e estava saindo da taverna quando ouviu: "Ei espere capitão!!! Porque me deu essas moedas? Não sabe que 10 moedas de ouro são mais do que o suficiente para se viver com luxo?"
"Eu sei... Mas pra onde vou, não vou precisar... Se não as quiser, dê metade ao orfanato e metade à igreja..."

E então, Douglas Van Westerweld se dirigiu ao seu Passion Flower e içou as velas rumo à Havana onde sua expedição começaria...
Com a companhia dos ventos do leste e esperança dupla em seu coração, um navio sumia no horizonte em um entardecer alaranjado, nos mares do Caribe...

domingo, 2 de maio de 2010

HISTÓRIAS...

Olá, visitante.
Como prometido, abaixo segue a primeira parte do livro entitulado 'Abominação', do autor alemão S.F. Hunt. Deixem seus comentários e críticas sobre esta passagem para sabermos se devemos ou não continuar postando a tradução deste livro.

Até mais, pessoal!

PS.: em alguns dias postaremos mais uma próxima parte deste livro...



ABOMINAÇÃO (Abscheu)

Prefácio
Naquele 28 de agosto, uma fria terça-feira ensolarada, acordei um pouco mais cedo, pois não iria trabalhar, mas sim, a uma palestra sobre negócios. Nunca mais esquecerei o que aconteceu comigo naquele dia, ou naqueles meses, pois pra mim foram muitos e longos meses. Não sou mais o mesmo. De alguma forma me tornei uma pessoa totalmente diferente do que eu era antes e todos os meus amigos, colegas de trabalho e até mesmo familiares não me tratam mais como antes, pois eles não me conhecem mais. Imaginem o pior pesadelo somado ao pior filme de terror que possa ser imaginado. Eu vi e tive que passar por coisa pior do que isso. E não somente eu. Assim como eu outros passaram por isso ao mesmo tempo que eu e comigo. Estávamos todos interligados, de alguma forma, como em um sistema computacional. Tenho uma única palavra para descrever o que vou relatar a seguir: BIZARRO. Os outros que “estavam” comigo podem julgar isso como aterrorizante, maligno, louco, alucinante e por aí vai. No entanto, eu julgo como bizarro mesmo. Porque, a meu ver, esse adjetivo une todos os outros que acabei de citar. Primeiro vou descrever um pouco o cara que eu era antes do incidente, para que tenham ao menos uma idéia de como eu era e quem eu era e não pensem algo muito errado de mim. Digo isso porque tenho alguns pensamentos e gostos que se reservam a minoria da população, creio eu. Tinha 21 anos de idade na época, hoje tenho 23, me considerava uma pessoa normal, gostava muito de chamar a atenção no meio de amigos, mas ao mesmo tempo era discreto, também era muito extrovertido e loquaz. Era do tipo que passava despercebido na multidão. Tinha um metro e oitenta centímetros de altura e pesava cerca de setenta e dois quilogramas. Cabelos pretos, olhos castanho-médios e pele clara. Por enquanto está tudo bem. Por outro lado tinha temperamento muito explosivo na maior parte do tempo. Não era e não sou mal humorado, mas ficava irritado e nervoso com muita facilidade, pois não aceitava nada que julgasse errado, o que convenhamos, é muito normal. Quem aceita algo cujo sua opinião é negativa, ou seja, não concorda, é um otário. Gostava muito de dormir e descansar, era um sedentário convicto (ou vadio, como dizia minha mãe). Mas quando estava entre amigos fazia todos rirem e se sentirem bem, ao menos tentava...